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O Dashboard não é pra você: o verdadeiro significado de storytelling com dados


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Storytelling com dados não é sobre gráficos bonitos ou dashboards complexos, é sobre comunicação. Entenda por que alinhar métricas ao público certo transforma relatórios em histórias que geram ação e entendimento real.


Antes de tudo: o dashboard é um meio, não um fim


Muita gente acredita que Storytelling com Dados se resume a montar um painel visual com gráficos bem-feitos. Mas a verdade é que não basta visualizar dados, é preciso comunicá-los.

O dashboard não é pra você. Ele é pra quem precisa entender o que você quer dizer com os dados.

Cada relatório, cada apresentação e cada dashboard têm um público diferente, com necessidades de informação diferentes. Um CEO, por exemplo, não quer ver o mesmo tipo de métrica que um analista de performance. Um empreendedor autônomo não precisa de detalhes técnicos de marketing, e sim de insights práticos que o ajudem a tomar decisões.

Quando ignoramos isso, corremos o risco de criar relatórios perfeitos e completamente inúteis.


Entenda o contexto antes de começar


Todo bom storytelling começa com uma pergunta: pra quem é isso?

Antes de montar qualquer apresentação ou relatório, reflita:


  • Qual é o objetivo da reunião?

  • Quem será o público?

  • Quais são os pontos mais importantes?

  • O que não pode faltar?

Storytelling com Dados é sobre contexto, não sobre design.

Esse alinhamento é o que separa um analista técnico de um comunicador estratégico.


A análise como etapa de conexão


Depois de entender o contexto, vem a análise. Aqui, é onde a inteligência entra em cena, não apenas para mostrar números, mas para interpretar o que eles significam.


Use perguntas como:

  • O que estamos levando com esses dados?

  • Por que isso é importante?

  • Como resolvemos ou mantemos esse resultado?

Dados sozinhos são fatos. Com contexto, viram histórias.

A metodologia OPC (O quê, Por quê, Como) é simples, mas poderosa. Ela transforma relatórios técnicos em narrativas compreensíveis e orientadas à ação.


Visualização e lógica: a etapa que encanta


Aqui entra o que muitos consideram o “coração” do storytelling: a montagem da apresentação. Cores, gráficos, fontes e disposição visual fazem diferença, mas só quando estão a serviço da clareza.

Visualizar é traduzir. E traduzir exige empatia.

Organize as ideias de forma lógica, início, meio e fim. Evite gráficos excessivos, pense no ritmo da apresentação e use verbos fortes para guiar a interpretação do público.


Visualização de dados é uma arte, mas o público é o protagonista.


Oratória: onde os dados ganham voz


Mesmo o melhor gráfico perde o poder se a comunicação for confusa. Treine sua oratória, postura e expressão verbal e não verbal. Lembre-se: a segurança na fala também é parte do storytelling.

O gráfico fala, mas é você quem dá o tom da história.

Vícios de linguagem, expressões faciais e vocais e improvisação são técnicas que reforçam a mensagem e humanizam a entrega.


Apresentação final: é sobre o outro


Antes de encerrar, pergunte a si mesmo:


  • Utilizei todas as técnicas?

  • Atingi o objetivo final?

  • A mensagem foi clara?

  • As pessoas entenderam o que eu quis dizer?

Um bom relatório não é o que impressiona, é o que transforma compreensão em decisão.

Afinal, o storytelling com dados é sobre comunicação empática e intencional.Não se trata do ego do criador, mas da clareza para o receptor.


Conclusão: a nova consciência dos dados


O termo “Storytelling com Dados” foi popularizado por livros e cursos que, muitas vezes, limitam o conceito à visualização. Mas a prática real vai muito além: ela é a arte de contar histórias verdadeiras que inspiram entendimento.

O futuro dos dados é humano: visualmente claro, emocionalmente relevante e narrativamente estratégico.

Quando você entende que o dashboard não é pra você, começa a criar comunicações que fazem sentido e deixam de ser apenas arquivos esquecidos em pastas ou PDFs nunca lidos.

 
 
 

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